ESTILOS ARQUITETÔNICOS
Muito mais do que a simples delimitação
de ambientes e a criação de subjetivas formas bonitas aos olhos, a arquitetura pode
ser definida como “construção concebida com a intenção de ordenar e organizar
plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado
meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa", como teoriza
Lucio Costa, um dos grandes expoentes da área.
Seguindo este raciocínio, tanto se
pode falar dos estilos arquitetônicos e da evolução humana para a arte e
arquitetura. Desde a pré-história, mais precisamente no Paleolítico Superior, já
são desenvolvidas as primeiras pinturas rupestres. No Neolítico, com o homem já
desenvolvendo a agricultura, as representações são percebidas como sinais daquilo
que pensavam, já aparecendo a figura humana nas expressões artísticas e,
também, aparecendo a escrita pictórica, como a primeira forma de comunicação. Mais
tarde, com a formação das primeiras civilizações – que se organizam e
estabelecem suas culturas – as expressões artísticas surgem e se alteram –
algumas até com brevidade – e, de maneira geral, denunciam o momento histórico
que se transcorre.
Nesta linha, é possível afirmar que
cada estilo possui uma característica e, assim, uma determinada quantidade de
elementos arquitetônicos bem definidos. Certamente, a origem geográfica e
cultural dos arquitetos e também as leis da física dão norte aos profissionais
de cada época, para eliminar ou introduzir elementos arquitetônicos, ou até
mesmo reinventá-los, transformando-os em outros. Com o passar dos tempos e com
o aprimoramento das técnicas e pela descoberta de novos materiais e suas potencialidades, a quantidade desses elementos introduzidos ou
transformados é tão grande que chega-se a ponto de haver fases consecutivas
dentro de um mesmo estilo ou ainda, estilos novinhos em folha, como Românico,
Gótico, Renascimento, entre outros ou mesmo o Modernismo, já mais próximo aos nossos dias.
Instigante saber, por exemplo, que a
passagem do estilo gótico para o renascentista, foi – de certa forma – brusca,
uma vez que foi a expressão de negação ao pensamento do período anterior e,
assim, o estilo arquitetônico até então vigorante, foi substituído por
elementos vindos da antiguidade ou introduzidos pela primeira vez.
Percebe-se, então, que a expressão
da arte e da arquitetura está diretamente ligada ao espírito humano, no momento
em que se vive, com as técnicas conhecidas e naquele momento inventadas que -
para o caso dos edifícios - com boa funcionalidade e composição, vão à busca incessante
do BELO.
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