domingo, 16 de março de 2014


IGREJA: SÃO JOSÉ – RIO NEGRO – PR
PROJETO DE ADAPTAÇÃO DO ESPAÇO CELEBRATIVO LITÚRGICO

No ícone de São José com o Menino, podemos observar o cuidado de um pai para com seu filho. Sendo este Filho o próprio Menino-Deus, São José transmite um amor paternal imenso e, com gesto manso e carinhoso de seu Filho em suas mãos, direciona o povo ao próprio Cristo e seu projeto de Salvação, mesmo que por meio da Cruz.

Dentro desta reflexão, na manhã deste domingo, 16 de março de 2014, às vésperas da comemoração da data do padroeiro [19 de março] foi apresentado à Comunidade da Igreja São José – localidade de Lajeado dos Vieiras – em Rio Negro – PR, o projeto da Creatos Arquitetura para adaptação do Espaço Celebrativo Litúrgico.

O novo Espaço Celebrativo da Igreja.

Com profundo respeito ao já edificado nestes 38 anos de comunidade, o projeto vai ao encontro das necessidades locais, minimizando intervenções no prédio existente e em comunhão com o recomendado pela Santa Igreja.

Assim, o Presbitério será remodelado, permitindo amplitude de espaço para as funções litúrgicas. Há previsão dos novos mobiliários - Altar, Ambão, Sédia, Credência, Assento de Ministros, Cruz Processional, Castiçais – que foram cuidadosamente desenhados em sintonia com o conceito arquitetônico definido, conforme explanado em amistosa conversa com Pároco, Pe. Rafael Fuchs.

Com a implantação do projeto, a Igreja passará a contar também com Capela do Santíssimo, Capela do Batismo, Confessionário e duas Sacristias, além de banheiro família e mezanino que, sendo utilizado pela Assembléia, poderá ter um aumento de quase um terço da capacidade atual do templo em menos de 90,00m2 ampliados.

Alegria em compartilhar este projeto, também, com Pe. Serginho e Pe. Pedro, antecessores ao atual pároco e que cativaram o início processo.


A Igreja São José, após a adaptação prevista em projeto.

A Igreja São José, após a adaptação prevista em projeto.

Vista externa do atual templo.

Vista interna da atual igreja.

sábado, 15 de março de 2014

IGREJA DE NOSSA SENHORA APARECIDA
A APRESENTAÇÃO DO PROJETO


No último dia 12 de março de 2014, ao final da Santa Missa celebrada pelo Pe. Celmo Suchek de Lima, direcionada também à Catequese, foi apresentado o projeto de ampliação da Igreja à Comunidade Nossa Senhora Aparecida.

O respeito pelo já edificado durante os 40 anos desta comunidade foi o grande norte do projeto, pois a premissa foi manter toda a estrutura já existente, apenas ampliando-a e adequando-a às necessidades litúrgicas e sacramentais.

Nos últimos meses, trabalhou-se intensamente na regularização das edificações já existentes e, também, nas aprovações perante aos órgãos públicos.

A construção está prevista para ser ampliada para frente e para os fundos, para ganhar duas amplas sacristias e maior espaço ao Presbitério. Prevê-se, ainda, o resgate da Pia Batismal original, receber um novo local para a Reserva Eucarística, melhorias nas aberturas, iluminação e ventilação natural, além de uma imponente torre com sino. Haverá, ainda, nova estrutura de banheiros.


O projeto obedece ao recomendado pela Santa Igreja em seus documentos que tratam da construção e adaptação de templos. Todas as formas e espaços criados, além dos materiais a eles imbuídos, são cuidadosamente estudados para se estar em comunhão teológica de tudo que se vislumbrará, de modo a arquitetura ser, também, sinal de Cristo em nós.


Projeto - Imagem externa da igreja

Projeto - Imagem interna da igreja

Celebração Eucarística do último dia 12 de março de 2014

Imagem da atual igreja

Explanação do projeto pelo arquiteto Tobias à comunidade



domingo, 9 de março de 2014

LAR MÃE MARIA
LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL 
DA CAPELA MÃE DA DIVINA PROVIDÊNCIA
Arquitetura: A Conceituação do Projeto

Podemos dizer que para se conceituar um projeto de arquitetura, há, pelo menos, três premissas a serem conhecidas pelo arquiteto: o LOCUS [ou lugar], o determinado PROGRAMA a que se destinará a futura construção e a CONSTRUÇÃO em si, com seu modo a ser elaborado.

Partindo destas condicionantes, o arquiteto - dentro do seu conhecimento e de sua experiência de espaços e da história como legado do que temos edificado e projetado até nossos dias - se atribui de informações de concepção do tema e de todos os assuntos a ele correlatos, ou seja, que acercam o tema principal, bem como sentidos, imagens, sinais e seus significados.

Assim, a interpretação de todo o universo dessas informações, com o conhecimento profundo do que se projeta, somado a experiência de vida no momento em que se vive, permitirá ao arquiteto a tomada de decisões que darão ao projeto o início de sua fundamentação e por conseqüência, por meio do seu conhecimento técnico-científico, a solução a ser apresentada.

A composição, os materiais, a tecnologia construtiva entre tantas outras determinações, virão como resposta [de certa forma espontânea], ao espaço que precisa ser criado, organizado e erigido.

A Igreja, por meio da liturgia que se celebra, é repleta de sinais, de símbolos. Isso se reflete diretamente ao seu espaço igreja, seu espaço construído – O Espaço Celebrativo Litúrgico – uma vez que ele é Teofânico.  A arquitetura e a arte, então, tem por função [e, podemos até dizer, por obrigação] nos conduzir ao mistério que se celebra. A arquitetura e a arte são responsáveis pela criação de um bom ambiente que propicie a oração, o culto divino, a difusão da fé. Tudo pela realidade que ali acontece, lugar onde o Céu e a Terra se encontram, enquanto vivemos a parusia.

O Projeto da Capela Mãe Maria – Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência – dentro do que acima foi exposto, tem por objetivo seguir o proposto pela Santa Igreja, dentro de sua sapiência de mais de dois mil anos, por meio dos documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II.

O PROGRAMA da digna Arquitetura do Espaço Sagrado desta Capela vem ao encontro da proposição de um lugar em que a própria construção, por sua leitura, permita nos separar do mundo profano e adentrar ao sagrado, nos permita colocar-nos em espírito de oração e adoração, nos permita refletir sobre a nossa missão de evangelização e, principalmente, seja um digno lugar de comunhão com Cristo, em todo o projeto Dele e que Ele nos convida a participar.

O LUGAR, ou “locus”, foi cuidadosamente escolhido em conjunto com as Irmãs: uma bela encosta, no terreno às margens da Serra do Mar, com eixos bem determinados que oportuniza ser, a Capela, o elo de ligação entre a entrada do complexo de todo o imóvel e a torre da Capela Santo Antonio, vista ao longe, perfazendo uma sincronia visual e uma esplêndida perspectiva da paisagem, cercada por bosques e imponentes araucárias que simbolizam estas terras.

A CONSTRUÇÃO teve como concepção principal dois elementos básicos do desenho arquitetônico: a linha reta e o círculo.

Já nos dizia os professores em nossos primeiros anos de ensino, que a menor distância em que se ligam dois pontos é uma LINHA RETA. E é, justamente, por essa linha reta que queremos alcançar nosso Pai, de forma correta e como propósito de vida, sem nos desviar do caminho. No projeto da Capela, essa linha está materializada em um grande muro. Reto. Ele é, também, o que nos induz a separação do mundo profano ao mundo sagrado. Para se chegar até ele, é preciso percorrer, as estradas sinuosas da vida, as dificuldades do dia a dia, a nossa cruz. E é o que propõe o projeto, neste caminho que antecede este alto muro [tratativa da paisagem que o projeto propõe no caminho até a capela]. Este caminho é, justamente, a “Via Crucis”, a via dolorosa de Cristo até a chegada ao lugar de sua Crucificação e seu verdadeiro sacrifício por nós, para nossa salvação.

O extenso muro pode ser observado pela entrada nordeste da igreja.

O CÍRCULO é uma representação gráfica muito encontrada na natureza e muito usada pelo próprio homem há milhões de anos. O CÍRCULO simboliza a igualdade e a inclusão, pois não há “mais para frente ou mais para trás” e, com a falta de apenas um pedaço, o circulo já não se fecha. Também remetemos O CÍRCULO a um ciclo. O ciclo de nossas vidas, pois do pó viemos e ao pó voltaremos. Assim, para Cristo, somos todos iguais, pois o próprio Deus é princípio e fim de tudo. No projeto, este círculo é encontrado na edificação da igreja em si. Com planta circular, o prédio nos permite celebrarmos a Eucaristia entorno à mesa do Pai. Cristo é o centro, pelas mesas do Sacrifício, da Palavra e a Sédia.


Fachada sul da igreja. 


A fonte batismal, logo após o muro, nos permite receber o primeiro sacramento, nos tornando filhos do Pai. Nos fará memória, sempre que ali adentrarmos, de nossa missão de batizados que temos no compromisso da Evangelização de todos os dias.

Cristo estará sempre presente na Capela do Santíssimo, lugar de silêncio e oração.

E é para Ele que, neste chão, prestamos nossos louvores, nosso culto e lhe rendemos glória. E é para Ele que, com a força do povo, edificaremos esta casa. A Casa da Igreja.

Detalhe da entrada oeste.

O presbitério encimado por uma releitura de baldaquino.

A ausência de bancos, enfatiza a pureza das formas do templo.


Confira abaixo algumas fotos do lançamento da pedra fundamental da Capela, neste dia 09 de março de 2014.

O lugar da Capela Mãe da Divina Providência. Ao fundo, no eixo visual, vê-se a Capela Santo Antonio.

O ícone da Mãe da Divina Providência junto a Pedra Fundamental.

O descerramento da placa.

As rosas e as 12 pedras, simbolizando os apóstolos.

A placa da Pedra Fundamental.

O início da Celebração Eucarística no lugar da futura Capela.

Arquiteto Tobias explana o projeto de arquitetura.

Engenheiro Sérgio relata o início das obras.

As Irmãs da Divina Providência com os Arquitetos Teresa e Tobias da Creatos.
Ao centro, Irmã Narcisa, Diretora do Lar Mãe Maria.

Os Padres Jaime e Ednilson (pároco da Paróquia Rainha da Paz) com o 
Eng. Sérgio e os Arquitetos Teresa e Tobias.

domingo, 2 de março de 2014

ESTILOS ARQUITETÔNICOS

            Muito mais do que a simples delimitação de ambientes e a criação de subjetivas formas bonitas aos olhos, a arquitetura pode ser definida como “construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa", como teoriza Lucio Costa, um dos grandes expoentes da área.
            Seguindo este raciocínio, tanto se pode falar dos estilos arquitetônicos e da evolução humana para a arte e arquitetura. Desde a pré-história, mais precisamente no Paleolítico Superior, já são desenvolvidas as primeiras pinturas rupestres. No Neolítico, com o homem já desenvolvendo a agricultura, as representações são percebidas como sinais daquilo que pensavam, já aparecendo a figura humana nas expressões artísticas e, também, aparecendo a escrita pictórica, como a primeira forma de comunicação. Mais tarde, com a formação das primeiras civilizações – que se organizam e estabelecem suas culturas – as expressões artísticas surgem e se alteram – algumas até com brevidade – e, de maneira geral, denunciam o momento histórico que se transcorre.
            Nesta linha, é possível afirmar que cada estilo possui uma característica e, assim, uma determinada quantidade de elementos arquitetônicos bem definidos. Certamente, a origem geográfica e cultural dos arquitetos e também as leis da física dão norte aos profissionais de cada época, para eliminar ou introduzir elementos arquitetônicos, ou até mesmo reinventá-los, transformando-os em outros. Com o passar dos tempos e com o aprimoramento das técnicas e pela descoberta de novos materiais e suas potencialidades, a quantidade desses elementos introduzidos ou transformados é tão grande que chega-se a ponto de haver fases consecutivas dentro de um mesmo estilo ou ainda, estilos novinhos em folha, como Românico, Gótico, Renascimento, entre outros ou mesmo o Modernismo, já mais próximo aos nossos dias.

          
            Instigante saber, por exemplo, que a passagem do estilo gótico para o renascentista, foi – de certa forma – brusca, uma vez que foi a expressão de negação ao pensamento do período anterior e, assim, o estilo arquitetônico até então vigorante, foi substituído por elementos vindos da antiguidade ou introduzidos pela primeira vez.

                



            Percebe-se, então, que a expressão da arte e da arquitetura está diretamente ligada ao espírito humano, no momento em que se vive, com as técnicas conhecidas e naquele momento inventadas que - para o caso dos edifícios - com boa funcionalidade e composição, vão à busca incessante do BELO.  





FORMAÇÃO EM ARQUITETURA SACRA, LUZ E LITURGIA.

 ARQUITETURA, LUZ E LITURGIA No próximo dia 06 de maio de 2019 estaremos na Paróquia São Grato para conversarmos sobre Arquitetura S...