sábado, 15 de junho de 2013

CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA IGREJA: COMO DEVEMOS COMEÇAR?

                                                                                              Por Tobias Bonk Machado


O projeto de uma nova igreja é sempre um misto de alegria, dedicação e apreensão em uma comunidade, afinal são muitos itens a serem pensados e planejados para que tudo ocorra bem. Da mesma forma deve ser um momento de união entre paroquianos e pároco, auxiliando-se mutuamente na organização de todo o processo.

O planejamento deve iniciar levando-se em consideração alguns princípios:

1. Observar com cuidado as recomendações da Santa Igreja, em especial os documentos do Concílio Vaticano II;
2. Avaliar os costumes e tradições da comunidade de forma a respeitá-la, mas sempre observando os documentos conciliares;
3. Averiguar o porte da nova edificação enquanto sua capacidade de fiéis. Deve-se haver bom senso para não errar pelo excesso, criando-se uma obra muito grande e onerosa em construção e manutenção [que pode acarretar, inclusive, em espaço interno constantemente vazio, por mais que esteja absorvendo muitas pessoas dentro da estrutura] e tampouco pequena, que não absorva um prognóstico de crescimento da comunidade.
4. Conforme a realidade da paróquia e do porte das obras, verificar a necessidade de montar uma equipe, uma comissão de obras que possa ser auxiliar da comissão econômica da igreja para os assuntos específicos do projeto;
5. Contratar uma equipe de profissionais [arquitetos, engenheiros, artistas...] que ofereçam conhecimento no trato à arquitetura sacra ou que se disponham a se aprofundar no tema;
6. Em conjunto a esta equipe, construir o projeto oferecendo informações do dia a dia da comunidade e dando aos profissionais a liberdade de sugerir e criar. É muito importante que a comunidade participe ativamente de todo o processo;
7. Efetivar uma previsão de custas, estimando um horizonte de investimento dentro de uma prazo cabível para a realidade paroquial;
8. Registrar todas as informações em atas e demais documentos cabíveis para cada situação.

Com esses dados mínimos é possível delinear e organizar um mapeamento de informações, cruzando elementos que serão debatidos à frente a partir do momento em que os profissionais entrarem no universo técnico de conceituações, conforto ambiental, materiais, legislações, normas, sustentabilidade, estrutura, instalações e tantos outros quesitos necessários ao desenvolvimento do projeto.

Conforme as variantes de cada caso, os seguintes projetos e serviços devem ser avaliados pela equipe:

  1. Levantamento Planialtimétrico Cadastral do Terreno;
  2. Projeto de Arquitetura;
  3. Avaliação e Regularização Documental do Terreno;
  4. Tramitações e Aprovações do Projeto nos Órgãos Competentes;
  5. Projeto do Espaço Celebrativo Litúrgico;
  6. Projeto Luminotécnico;
  7. Projeto de Acústica;
  8. Sondagem Geológica / Investigação de Solos;
  9. Projeto Estrutural;
  10. Projeto Hidrosanitário e Drenagem;
  11. Projeto Elétrico e Telefonia;
  12. Plano de Prevenção Contra Incêndio e Pânico;
  13. Projeto de Terraplanagem;
  14. Projeto de Alarme e Circuito Fechado de TV;
  15. Projeto de Sonorização.
  16. Orçamento Detalhado e Cronograma Físico-Financeiro da Obra;
  17. Gerenciamento e Compatibilização de Projetos;
  18. Execução de Obra;
  19. Fiscalização de Obra.

Poderão ocorrer outros serviços não citados bem como alguns poderão ser suprimidos, conforme cada realidade. Todavia, é importante que discuta todas as necessidades com os profissionais responsáveis pelo projeto.

Salienta-se, também, que todo o processo deve ocorrer com ciência e em conjunto com a administração diocesana.


Em suma: PLANEJAMENTO. No mais, é seguir em frente!

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