CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA IGREJA: COMO DEVEMOS COMEÇAR?
Por Tobias Bonk Machado
O projeto de uma nova igreja é
sempre um misto de alegria, dedicação e apreensão em uma comunidade, afinal são
muitos itens a serem pensados e planejados para que tudo ocorra bem. Da mesma
forma deve ser um momento de união entre paroquianos e pároco, auxiliando-se
mutuamente na organização de todo o processo.
O planejamento deve iniciar
levando-se em consideração alguns princípios:
1. Observar com cuidado as
recomendações da Santa Igreja, em especial os documentos do Concílio Vaticano
II;
2. Avaliar os costumes e
tradições da comunidade de forma a respeitá-la, mas sempre observando os
documentos conciliares;
3. Averiguar o porte da nova
edificação enquanto sua capacidade de fiéis. Deve-se haver bom senso para não
errar pelo excesso, criando-se uma obra muito grande e onerosa em construção e
manutenção [que pode acarretar, inclusive, em espaço interno constantemente
vazio, por mais que esteja absorvendo muitas pessoas dentro da estrutura] e
tampouco pequena, que não absorva um prognóstico de crescimento da comunidade.
4. Conforme a realidade da
paróquia e do porte das obras, verificar a necessidade de montar uma equipe,
uma comissão de obras que possa ser auxiliar da comissão econômica da igreja
para os assuntos específicos do projeto;
5. Contratar uma equipe de profissionais
[arquitetos, engenheiros, artistas...] que ofereçam conhecimento no trato à arquitetura sacra ou que se disponham a se aprofundar no tema;
6. Em conjunto a esta equipe,
construir o projeto oferecendo informações do dia a dia da comunidade e dando
aos profissionais a liberdade de sugerir e criar. É muito importante que a
comunidade participe ativamente de todo o processo;
7. Efetivar uma previsão de
custas, estimando um horizonte de investimento dentro de uma prazo cabível para
a realidade paroquial;
8. Registrar todas as informações
em atas e demais documentos cabíveis para cada situação.
Com esses dados mínimos é
possível delinear e organizar um mapeamento de informações, cruzando elementos que
serão debatidos à frente a partir do momento em que os profissionais entrarem
no universo técnico de conceituações, conforto ambiental, materiais,
legislações, normas, sustentabilidade, estrutura, instalações e tantos outros
quesitos necessários ao desenvolvimento do projeto.
Conforme as variantes de cada
caso, os seguintes projetos e serviços devem ser avaliados pela equipe:
- Levantamento Planialtimétrico Cadastral do Terreno;
- Projeto de Arquitetura;
- Avaliação e Regularização Documental do Terreno;
- Tramitações e Aprovações do Projeto nos Órgãos Competentes;
- Projeto do Espaço Celebrativo Litúrgico;
- Projeto Luminotécnico;
- Projeto de Acústica;
- Sondagem Geológica / Investigação de Solos;
- Projeto Estrutural;
- Projeto Hidrosanitário e Drenagem;
- Projeto Elétrico e Telefonia;
- Plano de Prevenção Contra Incêndio e Pânico;
- Projeto de Terraplanagem;
- Projeto de Alarme e Circuito Fechado de TV;
- Projeto de Sonorização.
- Orçamento Detalhado e Cronograma Físico-Financeiro da Obra;
- Gerenciamento e Compatibilização de Projetos;
- Execução de Obra;
- Fiscalização de Obra.
Poderão ocorrer outros serviços
não citados bem como alguns poderão ser suprimidos, conforme cada realidade. Todavia,
é importante que discuta todas as necessidades com os profissionais responsáveis pelo projeto.
Salienta-se, também, que todo o processo deve ocorrer com ciência e em
conjunto com a administração diocesana.
Em suma: PLANEJAMENTO. No mais, é
seguir em frente!
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