sexta-feira, 25 de julho de 2014

PROJETO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
POR MEIO DO ÍCONE SAGRADO, DESENHA-SE ARQUITETURA

O projeto de arquitetura para uma futura comunidade paroquial

Arquitetos Teresa Cristina Cavaco Gomes e Tobias Bonk Machado


O maravilhoso ícone de Nossa Senhora de Guadalupe é repleto de sinais. Deus comunica-se conosco por meio dele, através da Mãe de Guadalupe, a imperatriz das Américas, assim como a Liturgia cotidianamente está conosco, fazendo-nos mergulhar na imensidão da Beleza divina, justamente por meio dos ritos e dos sinais.

Como ambiente presente de Liturgia, o espaço celebrativo tem justamente a missão de, como participantes ativos no Evangelho, auxiliar-nos no bem celebrar a eucaristia e, por meio da arquitetura, da iluminação, da arte fazer-nos transcender e colocar-nos face a face com o Pai.

Assim, o ícone de Nossa Senhora de Guadalupe nos transmite a realidade celeste, uma vez que é verdadeiramente milagroso, sendo fonte de inspiração para nossas limitadas ações humanas.

Baseado neste ícone e seguindo as diretrizes conciliares, todo o projeto de arquitetura da nova Matriz de Nossa Senhora de Guadalupe foi elaborado, fazendo referência acerca da rica história da aparição de Maria em terras americanas e toda a simbologia que a envolve.

Envolta em raios solares, a figura de Nossa Senhora de Guadalupe surge no rústico tecido do índio asteca Juan Diego diante do bispo e Juan de Zumárrga. Podemos afirmar que Maria vem em nome de Cristo e os raios solares que surgem por detrás dela representam o próprio Cristo Jesus que nasce naquele momento para o povo da América, como a certeza do sol nascente que se tem a cada manhã. Assim, o projeto do novo templo, em seu desenho externo, caracteriza-se por elementos que se remetem aos raios solares inscritos no Ícone, simbolizando, justamente, o Cristo que renasce a cada dia em nós.



A planta quadrilátera da igreja posiciona-se exatamente nos alinhamentos dos pontos cardeais, simbolizando que Cristo, Sol Nascente está presente do norte ao sul, de leste a oeste, em toda a face terrestre e que, na Santíssima Trindade, todo o universo governa. Remete-se ainda a união de todos os povos, de todas as raças em todos os cantos do planeta, uma vez que, por meio do ícone, Cristo também se faz presente na recém descoberta terra da América.



Volumetricamente, em projeção, um cubo perfeito, fazendo-se uso da pureza e singeleza da forma, para remeter-se à pureza divina e que se manifesta nos mais simples, como o índio asteca, hoje São Juan Diego.
Sob o altar, por meio de uma relíquia, o sepulcro de um mártir, fazendo memória às primeiras igrejas cristãs que eram edificadas sobre o sepulcro de quem transformou a própria vida em sacrifício.




Ao se chegar à gruta, sob o piso da assembleia, apresenta-se a Via Dolorosa de Cristo na plenitude da vivência das estações. Até lá se transcorre o caminho repleto de flores, simbolizando a prova do pedido que Nossa Senhora oferece ao bispo, por meio do índio.

Demais edifícios – Centro Catequético, Salão, Secretaria e Casa Paroquiais – remetem-se, com respeitosa hierarquia, à forma principal do templo sendo que a antiga capela terá seu espaço sagrado preservado e integrado aos locais de pastoral e formações.




O Espaço Igreja oferecido por esta arquitetura é fisicamente Cristocêntrico e enfatiza o Mistério celebrado. Todo o desenho do mobiliário interno da igreja firma-se na composição dos elementos da própria arquitetura que, modulados, geram total harmonia com o edifício. Seu conceito é baseado no Cristo, Sol Nascente, que por meio dos raios resplandecentes por detrás da Mãe de Guadalupe, é a Luz verdadeira que nos alimenta pela Palavra, pelo Banquete, pela Atitude de Vida Cristã.






Créditos:
Projeto de Arquitetura, Espaço Celebrativo e Luminotecnia:
 Creatos Arquitetura (www.arquiteturasacra.arq.br  www.creatos.com.br)
Arquitetos Teresa, Tobias e Karina

Perspectivas Eletrônicas:

Alexandre Vieira (https://www.facebook.com/alexandre.vieira.144)






O ÍCONE DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE 
 Padroeira do México e Imperatriz da América

APARIÇÃO – ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin (hoje santo) na região de Tepeyac em 09 de 
        dezembro de 1531. 

PELOS RELATOS, a "Senhora do Céu" apareceu a Juan Diego, identificou-se como a mãe do verdadeiro Deus, fez crescer flores numa colina semidesértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido. Juan foi instruído por ela a dizer ao bispo que construísse um templo no lugar, e deixou sua própria imagem impressa (embora sensivelmente solta) milagrosamente em seu tilma, um tecido rústico feito a partir do cacto, que deveria se deteriorar em não mais de 50 anos mas que, ainda atualmente, não mostra sinais de deteriorização.

EM AMPLIAÇÕES da face de Nossa Senhora, os seus olhos, na imagem gravada, parecem refletir o que estava à sua frente em 1531 - Juan Diego, e o bispo. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas. É venerada no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e a sua festa é celebrada em 12 de dezembro.

ALGUNS RELATOS SOBRE O ÍCONE DA VIRGEM DE GUADALUPE
• Contração e Dilatação da Retina da representação da Virgem
• Temperatura da fibra se mantém a 36.6º
• Com estetoscópios, um dos médicos ouviu batimentos cardíacos de um bebê
• A pintura não está no tecido, mas sobre ele ("flutua")
• A fibra duraria no máximo 50 anos. Ela está com quase 500.
• Nos olhos de Maria reflete-se a imagem de Juan e o Bispo. De tão pequenas, atesta-se que é impossível ter sido feitas por mãos humanas.
         • A imagem está inteira na proporção áurea
         • No manto da virgem está retratado o mapa do céu no exato momento da aparição.

III Semana de Arquitetura e Arte Sacra


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